TODOS:
off: para manter o mistério e evitar antijogo algumas postagens eu farei via mensagem privada, fiquem atentos a caixa de mensagens de vc´s.
As naus eram bem maiores do que as caravelas que vc´s estavam acostumados a navegar, tinham 5 vezes o tamanho de uma caravela costeira, chegando a aproximadamente 150m de comprimento por 40 de largura. Viajavam mais lentamente, mas eram mais estáveis e permitiam maior carga.
A maioria das pessoas estava na parte interna do navio, estava ocorrendo um sermão do capelão que acompanhava a nau e todos deveriam participar, ficando todos juntos, nobres, profissionais liberais e escravos. O evento era monótono para a maioria de vc´s, falar de Deus nas condições que vc´s estavam era ignorância, para vc´s a ideia de um Deus salvador era ideologia que servia para comandar os menos lúcidos. Ou Deus não existia ou não seria nem de longe bondoso como a proposta que a religião pregava.
O convés estava mais vazio do das outras noites, das possibilidades de alimento estavam apenas os marinheiros que precisavam ficar no convés para a manutenção da viagem e se alimentar de qualquer um deles era um risco. Teriam que esperar o fim do sermão para que houvessem mais pessoas pelo local, estavam apenas o piloto que ficava no leme e tinha um grumete como auxiliar, o vigia que ficava no cesto da gávea e os dois trinqueiros e seus 4 grumetes que cuidavam das velas.
OBEDIAZ:
Vc caminha a esmo pelo convés já irritado, estava com fome e não pretendia esperar, poderia facilmente devorar qualquer um dos marujos presentes e lançá-los ao mar, mas não poderia fazer aquilo, estaria em risco e seu amado senhor estava adormecido, não poderia ajudá-lo.
Precisava de tempo para decidir o que fazer, sabia que as novas leis definidas no velho mundo condenavam o fato de vc ter sido transformado ainda como criança, se Lemes Brito decidisse cumpri-las, vc seria caçado, mas pq então lhe enviaram para cá e já não o mataram na primeira possibilidade? Pq Lemes Brito aceitou dividir o rebanho com alguém que, pelas leis, estava condenado a morte?
Enquanto pensava vc vê saindo de uma porta na parede da "ponte" (área mais elevado do convés) um casal bem vestido, eram no mínimo fidalgos, eles possuam uma expressão de cúmplices que algum crime recém-cometido.
Ao vê-lo, a moça, de cabelos encaracolados cabelos negros, pela branca e muito magra, usando um vestido bordado e largo lhe pergunta:
O que faz aqui menininho?
THOEDORUS
Jaime, seu lacaio, chegou pouco depois de vc acordar, depois de tanto tempo servindo-lhe como alimento vc começa a esquecer que sua fidelidade se deve ao elo de sangue ao qual ele está preso e chega até a sentir pena dele, o sangue que vc retira dele e as constantes sangrias feitas pelo cirurgião do navio para tentar curar o escorbuto deixaram-no com uma aparência péssima.
É claro que ele não morreria, seu sangue imortal o manteria vivo, mas as sangue-sugas estavam acabando com a sua aparência, nem parecia o mesmo rapaz forte, de cabelos claros e olhos brilhantes do inicio da viagem. Bem, era desta forma, para que vc se mantivesse alimentado, ele teria que passar por isso. Esta lógica lhe era natural, passou por essa situação de escolha sendo vampiro e tbm aprendeu que a magia tbm cobra seu preço e vc estava acostumado a pagar esses preços.
Jaime entre e se aproxima de vc, já com as mangas da camisa erguidas, mesmo depois do laço sobrenatural entres vc´s ele se negava a ceder o pescoço, dizia que isso era coisa de amantes. Depois de vc ter se alimentado caminharam juntos para o convés, lá ele preparou a rede aguardando suas instruções. O local estava vazio.
Antes que concluísse o ritual vc escuta uma voz familiar, que vc não ouvia a quase um mês, Lemes Brito saía de um canto escuro, com um braço sobre o outro e uma mão no queixo ele parecia avaliá-lo enquanto dizia sorrindo:
Bom vê-lo meu filho, vejo que já se apossou de uma das ovelhas.
Recomendo-lhe cuidado, somos poucos e as vezes é melhor dividir com amigos do que disputar com inimigos, se teus companheiros decidirem cada um tomar para si uma parte do rebanho, isso enfraquecerá a mim e a ti.
Melhor fazê-los acreditar que o rebanho é livre, e termos todo ele a nossa disposição do que marcar nossas ovelhas e depois não podermos tomar de ovelhas com outras marcas.
Teremos uma reunião.
Você foi o primeiro dos meus filhos que encontrei, onde estão os outros? Preciso que os vc reúna, logo Manuela estará aqui e quero que suas crias estejam onde eu possa vê-los, não quero aquela feiticeira sussurrando seus segredos com seus aprendizes.
E ache tbm aquele pequeno diabo cria de Juan, temo que o maldito seja tão inconsequente quanto seu mentor e isso nos traga problemas.
LUIZ MIGUEL:
Manuel permanecia fiel a seu acordo, as jovens, apesar de não serem as mais belas que vc já tenha visto, estavam entre as melhores refeições que o navio poderia oferecer. Os seios fartos das moças eram macios e cheirosos, o gosto do sangue remetia ao vinho mais doce que vc tomara em vida.
Seu irmão continuava próximo a porta observando, como um vigia, um guardião com a espada em punho ele olhava as jovens servindo-lhe de alimento. Quando terminava de sugar-lhes o sangue seu irmão se aproxima para segurá-las e colocá-las confortavelmente sob uma cama.
Aquilo o incomodava, seus poderes faziam com que elas fossem suas marionetes, mas para vc, elas eram alimento. Manuel era um cavalheiro, rude e hábil em combate mas gentil e carinhoso com donzelas, e a postura diferente dele, preocupado como o bem estar das moças o irritava, pq ele não poderia tratá-las como um objeto como vc? Além disso o fato dele poder usufruir de prazeres que vc não poderia o incomodava.
Depois de colocar as moças desacordadas na cama seu irmão lhe pergunta:
Chegaremos amanhã durante o dia, sei que o sol não lhe fere, apenas o deixa debilitado mas como sairemos juntos sem que percebam?
FERNANDO:
Vc sai para o convés incomodado com a cantoria que vinha do sermão que ocorria, a religião deixou de ser um grilhão para vc ainda quando era mortal e começara a aprender a magia, como vampiro então parecia-lhe piada de mal gosto.
Não gostava de estar ali, sentia falta do velho mundo e das facilidade de lá, não gostava dos imortais que viviam com vc, outra raça possuía a hegemonia e isso para vc era inaceitável. Sentia falta de sua senhora, não parava de pensar nela o tempo todo, queria saber como estava e o que ela desejava, vivia apenas para suas duas paixões, sua senhora e a magia.
Mesmo Ludmilla e Anthony não lhe eram bem vistos, acreditava que eram amantes e um casalzinho lhe atrapalharia, em qualquer votação da sua raça vc seria minoria.
Enquanto pensava e caminhava vc viu um casal nobre conversando com uma criança, rapidamente vc identificou que era Obediaz, a cria maldita do traidor Juan. Não entendia como que numa sociedade, com tão poucas regras, ainda existia vampiros que conseguiam quebrá-las.
O pequeno parecia caçar, e aquela era, provavelmente, a melhor presa da noite.
ALEXANDR:
A sua noção de fornicação mudara, como imortal, não sentia prazer na relação comum dos mortais, ainda poderia dar prazer a sua amante usando de sua língua enquanto seus dentes furavam-lhe a virilha e ela lhe sorvia sangue.
Assim era a relação de vc´s, cada um sentia o seu prazer e no final ambos estavam satisfeitos, a imortalidade era bem melhor do que os votos desonestos que a vida religiosa lhe empunha.
Depois de se alimentar vc´s continuam conversando, sua donzela lhe diz:
O que faremos ao chegar lá? Como viveremos? Onde vamos morar? Não quero mais ficar presa numa cabine pequena escura e fria como essa.